Licença menstrual, um direito de toda mulher!

Por Clarissa Cruz

Para falarmos de licença menstrual, precisamos fazer um retrospecto sócio-cultural, mesmo que seja de maneira bastante sucinta. Isso porque os direitos femininos e a noção de que somos seres pensantes e capazes, e não corpos 'objetificáveis', estão intrinsecamente relacionados à história branca-ocidental que vem sendo construída há algumas centenas de anos.

Essa sociedade patriarcal e eurocêntrica se afastou da Natureza e de todos os seus processos cíclicos desde a era medieval, podemos dizer. Ao se afastar, esse ser humano passou a se relacionar com ela de maneira utilitária, julgando-se superior e, portanto, apartando-se dela, como se fosse possível dissociar-se dessa grande Mãe.

Com o passar dos tempos, nos certificamos de que tal atitude foi, e vem sendo, altamente prejudicial para todas e todos nós. A crise climática, a violência excessiva, a quantidade de gente passando fome no mundo todo, adultos, jovens e crianças sofrendo de depressão, enfim… Tudo isso é um reflexo sintomático de que somos pessoas adoecidas.

Vem comigo até o final desta reflexão e veja como ressoa no seu coração!

A cura pode vir das nossas próprias ações

Então, o que pode ser feito para que toda essa situação seja revertida? Precisamos estudar, aprender, refletir e, tão logo seja possível para cada uma e cada um de nós, precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo. De verdade! Ou seja, nossas atitudes precisam refletir os nossos pensamentos e os nossos anseios. A teoria precisa virar a prática.

Precisamos ter coragem de virar esse jogo, caso contrário, não sairemos do lugar. E de nada adiantará ter discursos bonitos se o nosso próprio comportamento não for regenerativo para a terra que a gente pisa, pra água que a gente bebe, para o ar que a gente respira, para os bichos e seres humanos com os quais nos relacionamos e, também, para nós mesmas.

O sangue tem um significado muito especial

Assim, ao menstruarmos, precisamos ter consciência da importância que isso tem. Da honra que é viver o ciclo da vida-morte-vida periodicamente durante um longo período de nossas vidas. Quanto ensinamento e quanta oportunidade de crescimento a menstruação nos proporciona. Isso sem falar em todo o poder criativo que nosso útero nos oferta, seja para ter filhas/os, seja para seguir adiante com a nossa missão nesta vida.

Porém, se não temos tempo de parar e olhar para isso, como fica? Se seguirmos nesse ritmo maluco imposto pelo mercado de trabalho do capitalismo selvagem, sem podermos respeitar os ciclos da Natureza, que são também os nossos próprios ciclos, como fica o escutar o corpo e a intuição? Como fica a nossa saúde e, consequentemente, a de nossa família e de toda a sociedade?

A licença menstrual é um assunto sagrado

É por tudo isso que, aqui na Pachamama, nós temos direito a, pelo menos, 1 dia de folga no seu período menstrual. Chamamos de Folga da Lua, que é aquele momento em que a mulher pode (e deve) se manter mais tranquila, harmonizada consigo mesma, aquecida e confortada para deixar fluir tudo aquilo que não deve prosseguir com ela no próximo ciclo.

Bálsamo da Lua Pachamama

Também não é à toa que um dos primeiros produtos criados foi o Bálsamo da Lua, esse queridinho tão coringa que surgiu, inicialmente, para aliviar cólicas menstruais. Tudo aqui nesta empresa tem um sentido, nada é feito por acaso, nem de qualquer jeito. Porque as fundadoras e todas as pessoas envolvidas estão empenhadas em construir um mundo melhor, com mais dignidade e amor.

Fazer valer a licença menstrual remunerada não é algo fácil para as empresárias e empresários, afinal, estamos todas envolvidas no mesmo sistema. Porém, é preciso fazer diferente, é preciso fazer cada vez mais e melhor para que, assim, realmente possamos viver em um mundo mais humano, naquele sentido bondoso e compassivo que essa palavra tem.

Veja também as outras poções mágicas Pachamama indicadas para o período menstrual.

  

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Crédito Imagem: Ekaterina Bolovtsova

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