Desapega, meu bem!

Por Carol Neves

Desapegar é deixar ir, é permitir que um ciclo se feche. Abrir mão, soltar a corda, deixar o peso de algo que não faz mais sentido. São tantos os momentos da vida em que precisamos desapegar, mas vivemos em uma sociedade que tem medo da palavra morte. Todo desapego é um tipo de morte, e a morte é apenas uma fase do ciclo de vida.

Nós mulheres, vivenciamos esse ciclo de vida, morte e renascimento todos os meses dentro de nós, através do nosso ciclo menstrual. E imagine você se, a cada mês, ficássemos apegadas ao nosso sangue menstrual? E impedíssemos que ele saísse de nós (se isso fosse possível). É uma imagem estranha, eu sei, mas ilustra bem o que quero trazer aqui. Todo desapego é uma limpeza, uma oportunidade de recomeço.

É preciso aprender a desapegar. Vem comigo nessa reflexão!

Livre-se do que não te serve mais

Isso serve para tudo, desde roupas a relacionamentos amorosos. Às vezes a gente se acostuma e acha mais fácil seguir daquela forma conhecida, controlada. Mas, como diz uma amiga e consteladora familiar, "pode estar até quentinho, mas se você olhar bem, está ali imersa num ofurô de cocô".  

Essa é uma outra imagem estranha e nos dá uma certa repulsa, não é verdade? Mas faz tanto sentido! Nossa zona de conforto não é necessariamente o melhor lugar onde poderíamos estar, é apenas um lugar com o qual nos acostumamos. E mudar às vezes dói.

Menstruar na Lua Minguante tem a ver com desapego?

A Lua Minguante é a lua dos desapegos e das limpezas. É um momento excelente para fechar ciclos, se libertar de padrões que não te servem mais, deixar ir. Quando a gente menstrua nessa lua, é um convite para fecharmos os ciclos que precisam ser fechados. E aqui está uma chave!

Sabe qual é essa chave? Que se você permite os fechamentos, sua Lua (menstruação) migra para outra fase da lua. Permita-se essa observação mais refinada do seu ciclo menstrual. É sempre bom lembrar que trabalhar a atenção no nosso ciclo menstrual é uma poderosíssima forma de trabalhar o autoconhecimento.

Ensinamento da pandemia

Esta pandemia, que ainda não chegou ao fim, mas que já tem dado pequenos sinais de alívio para nós, foi uma grande mestra no quesito desapego. Perdemos pessoas amadas, muitos perderam seus negócios, seu sustento, seus empregos. Perdas difíceis e que causaram muitos danos. Mas se a perda é inevitável, o melhor a fazer é soltar, deixar ir, para que o novo possa chegar.

É claro que alguns desapegos são mais difíceis e muito dolorosos, mas se você sente que chegou a hora, coragem, pois o novo e belo ciclo que está por vir poderá ser infinitamente melhor do que o que passou. É preciso deixar fluir com a certeza de que há algo bem maior nos guiando.

Busque ajuda na natureza

Alguns óleos essenciais nos apoiam nessa jornada dos desapegos pela vida afora. Na Pachamama, a Linha Mulher das Águas é uma poderosa aliada nesse quesito.

Com um aroma refrescante e mentolado, essa linha, além de nos ajudar a sair da cabine de controle, entregando e confiando no Grande Mistério, também nos ajuda a liberar, soltar, desapegar.



As águas não se apegam, elas fluem, encontram brechas para fluir, mesmo diante dos obstáculos. Água é movimento e quando ela para, empoça, apodrece. Deixe fluir suas águas, permita-se desapegar! Confie que o Grande Mistério tem planos para sua vida! Tenha fé e coragem, flua, liberte-se, seja água!

Quem você conhece que está precisando praticar o desapego? Compartilhe este texto. Você certamente será a portadora de boas palavras para ela ou ele!

 

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Crédito Imagem: Raquel Maia

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