Solstício de Inverno e os Rituais da Natureza

Por Carol Neves

Solstício de Inverno é um fenômeno astronômico que marca o início do inverno. Neste dia, um dos hemisférios da Terra (norte ou sul) recebe os raios do Sol de forma inclinada. Isso vai acontecendo aos poucos, até que no ápice da inclinação, o hemisfério em questão recebe menos luminosidade e calor. Assim, no Solstício de Inverno temos a noite mais longa do ano.

Aqui no Hemisfério Sul, o Solstício de Inverno acontece sempre no dia 20 ou 21 de junho. E no hemisfério norte, entre 20 e 21 de dezembro. 

Bem, essa é a explicação astronômica deste fenômeno, mas se você gosta de ir além e se aprofundar também na magia e no mistério dos fenômenos, vem comigo!

E qual é a origem do termo solstício?

Solstício vem do Latim "Solstitium", que significa local onde a trajetória do sol parece não se deslocar. Se você é uma pessoa que observa a natureza, já percebeu que o sol "caminha" ao longo do ano. Era assim que os povos antigos entendiam os movimentos entre a Terra e o Sol. Usando como referência a Terra (que é onde estamos), quem se desloca é o sol, e ao longo do ano ele nasce e se põe em lugares diferentes. É como se o grande Ser Solar fizesse um caminho de aproximação e afastamento da Terra, e o ápice desse afastamento é o Solstício de Inverno. 

Imagine-se vivendo em um período onde não existiam supermercados e toda a facilidade de conservação de alimento que temos hoje. A dependência da natureza e seus ciclos era imediata e poderia representar a vida ou a morte de toda uma comunidade. Por isso também, o sol, era honrado e reverenciado como o Deus que, com seus raios de luz e calor, gerava, juntamente com a Terra e as chuvas, abundância e boas colheitas.

Solstício de Inverno ou Yule?

Os povos antigos tinham uma relação muito diferente com o tempo. Estavam intimamente conectados à natureza e por isso celebravam os grandes portais que abrem e fecham os ciclos naturais. Um deles é o Rito de Yule ou Solstício de Inverno. Na antiguidade, acendiam-se grandes fogueiras nesse dia e dançava-se ao redor delas, girando muitas vezes, para atrair mudanças internas e externas. 

É quando se inicia um momento de maior quietude e introspecção. Enquanto o Equinócio de Outono nos convida a olhar para o que passou, o Solstício de Inverno nos convida a olhar para o que virá. É um tempo para reconhecer e honrar nossa própria escuridão, percebendo que sem a sombra não existe a luz.

É um momento de olhar para a anciã que habita seu ser, percebendo que há uma fonte inesgotável de sabedoria, intuição e criatividade na escuridão que faz parte de você. Algumas das antigas celebrações dedicadas a esse dia duravam 12 noites, sem que o fogo pudesse ser apagado. E durante essas doze noites, celebrava-se o que seria realizado nos próximos 12 meses. 

Quais são as origens do Natal?

Algumas das festas cristãs foram "encaixadas" em antigas datas comemorativas pagãs. A Páscoa, por exemplo, tem suas origens no Rito de Ostara, a Deusa da Fertilidade, que carregava um coelho no colo e era quando as pessoas festejavam o renascimento de toda a natureza (plantas, animais, flores), pintando e escondendo ovos na floresta. 

Assim também aconteceu com o Natal. Como o sol atinge o ápice de seu distanciamento da Terra no Solstício de Inverno, 3 ou 4 dias depois do Solstício celebrava-se o Nascimento do Ser Solar (dia 24 e 25 de dezembro no Hemisfério Norte), momento em que o sol visivelmente começa a retornar e há um aumento de luminosidade na Terra. 

É quando os antigos realmente podiam ter a certeza de que o Grande Deus Sol havia vencido a escuridão, pois os dias começam a ficar mais longos e as noites mais curtas.

Guirlandas e pinheiros

Nessa festividade também, colocavam-se guirlandas nas portas para afastar os maus espíritos e invocar boas energias, além de pinheiros dentro das casas, para que os seres elementais pudessem se abrigar durante o frio intenso do inverno. Cultivando, assim também, um símbolo da vitalidade da natureza dentro de casa, mesmo quando tudo estava coberto de neve do lado de fora. 

O cristianismo então se apropriou desta data, para representar também o nascimento de Jesus, o grande ser solar que veio para a Terra nos ensinar sobre o amor. Aqui no Hemisfério Sul, o Solstício de Inverno é em junho, tempo em que celebramos São João com fogueiras, danças e comidas típicas. 

Esteja você onde estiver, o importante é celebrar esse grande portal da roda do ano!

Como celebrar o Solstício de Inverno na atualidade?

Faça uma pausa na sua rotina corrida e permita-se sentir esse momento. Acenda uma fogueira, reúna a família e os amigos, é tempo de contar histórias, cantar e dançar celebrando a vida e a união. Momento de se conectar com o fogo, o elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para as nossas vidas, mentes e corações. 

Crie seus próprios rituais, dance em volta do fogo, faça seu sol interno brilhar forte, como uma lanterna acesa a guiar você rumo ao seu interior. 

E se você deseja saber mais sobre os grandes portais naturais do ano e quer fluir pela vida se guiando por eles, organizando sua agenda e sua vida de acordo com as forças que estão atuando na Terra e no céu nesse momento, faça sua inscrição para o Bússola das Estrelas agora mesmo!

Mas o que é Bússola das Estrelas?

Baseada em meus estudos de Física Quântica, Filosofia, Astrologia Egípcia, Antroposofia e, é claro, vivenciando o Sagrado Feminino em meu dia a dia, desenvolvi uma ferramenta muito especial chamada Bússola das Estrelas. Essa ferramenta tem feito toda a diferença no planejamento e execução das minhas atividades diárias. 

E eu compartilho tudo isso no curso online Bússola das Estrelas para que você aumente sua produtividade com leveza e sabedoria, fluindo em direção às energias de cada momento e aprendendo a se conectar com as forças arquetípicas naturais, como essas que se manifestam no Solstício de Inverno e em todos os outros portais que os ciclos naturais nos oferecem. 

Veja mais informações aqui. Ah! E lembre-se de deixar seu nome na lista de espera!

Deixe um comentário

Os comentários devem ser aprovados antes de serem publicados