Pioneirismo em cuidados naturais no Brasil

Por Clarissa Cruz

A Pachamama está há mais de 10 anos no mercado, trazendo no currículo o pioneirismo no cuidado verdadeiro com as mulheres. Quando, no Brasil, mal se falava a respeito de óleos essenciais e, muito menos, de Ginecologia Natural, a Pachamama já produzia absorventes naturais, sabonete íntimo 100% natural e óleos corporais totalmente vegetais e naturais.

A força da regeneração já estava contida na semente que fez brotar esta empresa. Fazemos o que somos, e isso é fruto de um profundo processo de autoconhecimento vivenciado pelas duas mulheres - Carol Neves e Gailesh - que estão aqui desde a fundação. Esse processo é aplicado em suas vidas pessoais e profissionais, e toda Pachamamita vivencia isso de alguma forma.

É claro que cada uma tem a sua forma peculiar de viver esse encontro com o natural, caso contrário, não estaríamos falando de autoconhecimento. Mas o fato é que essa é uma experiência tão real que permeia todas as pessoas e todos os setores da Pachamama. E aqui precisamos abordar uma questão delicada. Vamos falar de greenwashing?

Credo! O que é isso?

Greenwashing

Esse é um termo em inglês que, em tradução literal, significa "banho verde" ou "lavagem verde". E, na prática, diz respeito à conduta de algumas empresas se passarem por "ambientalistas" mas, na verdade, fazerem apenas uma maquiagem. Elas se aproveitam da legislação brasileira, que ainda precisa de aperfeiçoamento e de ser levada a sério, para comercializarem produtos e serviços nada confiáveis e com uma "carinha" saudável.

Por exemplo, usar termos vagos como “amigo do meio ambiente” nas embalagens, sem oferecer qualquer explicação de atitudes ambientalmente concretas. Outro exemplo é uma ideia que até pode ser verdadeira, mas é irrelevante, como "não contém CFC". Sendo que essa é uma substância proibida por lei, ou seja, não era mesmo pra ter, não há vantagem alguma nessa ação da empresa.

Hábito presente em diversos setores

E por aí vai! No caso da alimentação, isso também acontece muito. Como ousam colocar na embalagem que um alimento é orgânico, quando é composto 30%, que seja, de substâncias ultraprocessadas? Pois é, também tem muitas marcas famosa de cosméticos, higiene e saúde feminina se passando por sustentável quando, na verdade, exploram as brechas nas leis brasileiras para venderem algo que não são. 

É preciso ficar atenta, saber ler rótulos e ter a paciência de pesquisar a história das empresas e das pessoas que estão por trás de cada uma delas. Esse assunto é extremamente complexo, abrange questões sociais, ambientais, econômicas. Muitas vezes, é utilizado para confundir as consumidoras e desorganizar a luta por um mundo, de fato, mais habitável. 

Ainda vamos abordá-lo de maneira mais ampla em nosso blog mas, por enquanto, queremos te alertar a esse respeito e, de forma muito transparente, seguir te contando o que fazemos e deixamos de fazer na Pachamama.

Nossos valores

Refletimos muito a respeito de todas as consequências envolvidas quando escolhemos uma nova embalagem ou quando optamos pela forma de produção de algum produto. Levamos muito a sério não apenas se vamos ou não recolher um pote de vidro, por exemplo, mas se todo o caminho que ele percorreria, tendo que passar pela Pachamama novamente seria a opção mais sustentável.

É claro que precisamos lucrar, é claro que a Pachamama está inserida num sistema capitalista, mas não abrimos mão dos nossos valores. Antes de mais nada, esses valores estão intrinsecamente ligados ao respeito à Natureza e seus ciclos, a todas as formas de vida e à certeza de que somos apenas parte, apenas pequenas partes que podem fazer a diferença a cada escolha.

Estes são nossos valores sagrados:

• Cuidado, respeito e amor em todas as nossas relações, dos fornecedores às funcionárias e clientes;
• Respeito, cuidado e amor pela Mãe Terra;
• Excelência nos produtos comercializados;
• Responsabilidade social e ambiental;
• Respeito à ciclicidade feminina e às diferentes fases da mulher;
• Valorização da maternidade como uma forma de empoderamento da mulher;
• Fomento ao despertar do feminino que há em todos os seres;
• Respeito ao desenvolvimento e ao ritmo natural das crianças;
• Compromisso permanente com a inclusão, o antirracismo, a diversidade, a defesa dos direitos dos povos indígenas e das comunidades LGBTQI+. 

Assim, seguimos esse caminho de unir as melhores escolhas para a saúde do planeta, da mulher e de todas as pessoas que fazem uso das poções mágicas Pachamama. Numa constante busca por aperfeiçoamentos, com a devida adequação mesmo, tantas vezes, tendo que remar contra a maré do mercado que só quer saber de lucro.